quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Chamar-te-ia de Brisa




                






És forte como as rochas
Brava como as àguas
Doce como as bagas
Leve como as asas

Chegas onde os olhos moram
Permaneces onde os sonhos crescem
Respiras onde as nuvens nascem

Emprestas tuas asas às flores
 E vestes o sabor das tardes
Para receberes o amor 

Suavizas as pálpebras
Quando a saudade aquece o gelo
E falas mais que as palavras
Nos silêncios do povo
Num único sopro 

amor






Existe o conforto do descanso
A força do acordar
No confronto real
Da realidade


Amanhecendo

Lutando pela felicidade dos nossos amores
Umas vezes mais perto
Outras vezes mais longe

Acreditando
Que podemos apresar os sorrisos
Retardar as lágrimas,
Desviando a neblina do olhar
Com uma palavra …

Amor 









Até o cego
Conhece-me de longe
Pelo cheiro a olhar molhado
Pelos sons do coração roto
 Deixando cair os gritos de outono  
E os sonhos castrados de inverno


Até o surdo me conhece de perto,
Quando chego soluçando o nublado dos olhos


 E tu a aqui ao lado
 Só me conheces
 Se tocar no teu rosto
Com os lábios
E disser meu nome
Soletrado  

De coração aberto